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A Crise Romana

A partir do século III, uma crise prolongada desorganizou o Império Romano e contribuiu para a sua desagregação. Sua raiz é os gastos crescentes do Império Romano para ações como conservar províncias, pagar funcionários e manter os soldados nas fronteiras. Algumas decisões foram tomadas para cobrir esses gastos, como aumentar os impostos, desvalorizar a moeda, diminuir a quantidade de metal nas moedas, fazendo-as passar a valer menos, além do aumento excessivo de preços.
Os povos bárbaros (germanos), aumentaram sua pressão sobre as fronteiras do império romano, causando pânico na população. Esses dois fatores, crise econômica e pressão sobre as fronteiras, fizeram com que as pessoas se mudassem para os campos, consequentemente, deixando as cidades vazias. A Europa começou, assim, a sofrer um processo de ruralização.
No campo, as terras cultiváveis, pertenciam aos grandes proprietários. Os pobres que para lá foram, começaram a trabalhar na condição de colonos. O colono era um trabalhador que cultivava um pedaço de terra do proprietário e em troca dava a ele parte de seu cultivo como pagamento. Essa relação ficou conhecida como colonato.
Durante todo esse processo, mais precisamente no final do século IV, os hunos (povos originários dos estepes da atual Mongólia) avançaram em direção ao Ocidente por milhares de quilômertros, conquistando terras e povos. Ao mesmo tempo, os germanos avançaram na mesma direção e, ao serem pressionados pelos hunos, intensificaram suas invasões ao Império Romano e, em 476, conquistaram Roma. Essa data marca o início de um novo período na história da Europa Ocidental. 

SOLUÇÕES PARA A CRISE:

Com o governo enfraquecido por causa da crise econômica, o império ficava, muitas vezes, sem pagar soldados ou com seus salários atrasados. Aproveitando-se dessa situação, generais ambiciosos nascidos em províncias romanas tomaram o poder a força, e a anarquia militar tomou conta do império.
No entanto, alguns imperadores buscaram encontrar soluções para a crise. Veja alguns deles:

Diocleciano: Criou, em 285, a tetrarquia, um modelo de governo, onde haviam quatro imperadores e cada um era responsável por uma grande região do império. Essa reforma funcionou, até que Diocleciano adoeceu e abandonou o poder. Assim que ele se retirou do comando os generais do exército voltaram a disputar o cargo de imperador.

Constantino: Combateu os germanos com eficiência e, em 330, mudou a capital do império romano, por segurança, para Bizâncio, cidade que, em sua homenagem, passou a se chamar de Constantinopla.

Teodósio: Em 395, ele dividiu o território romano em duas partes, Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.

Referência: 

Livro: História - Sociedade e Cidadania - 6º Ano. Capítulo 14. Páginas 276/277/278

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